Em 2008, na 20ª edição da Bienal do Livro de São Paulo eu também fui!
Gravei uma matéria geral e uma entrevista com o escritor
Walcyr Carrasco Assista a matéria em vídeo clicando aqui -
Bienal do Livro - Show de Cultura e DiversãoE abaixo a entrevista que fiz com o autor:
WALCYR CARRASCO: UMA VIDA DE NOVELASLetícia FagundesA profissão dele é contar histórias. E isso, realmente,
Walcyr Carrasco aprendeu a fazer muito bem!
É autor de novelas da
Rede Globo, como "O Cravo e a Rosa" e "A Padroeira", de peças de teatro, como "Batom", e escritor de vários livros, entre os quais "A Senhora das Velas" e "Pequenos Delitos" (para adultos) e "Vida de Droga" e "O Menino Narigudo" (infanto-juvenis). Além disso, ainda é cronista da revista
Veja São Paulo.
Já recebeu três vezes a menção de "Altamente Recomendável" da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, o prêmio Shell de Teatro, por "Êxtase", e o Prêmio Contigo, pela autoria da novela "Alma Gêmea". Como reconhecimento de todo o trabalho, recentemente foi eleito membro da Academia Paulista de Letras.
Carrasco esteve presente à
20ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo para lançar mais uma obra que promete ser sucesso nas livrarias:
"Anjo de Quatro Patas", da
Editora Gente, que traz a história dele com seu melhor amigo: o husky siberiano Uno. Assistindo ao vídeo ao lado, você saberá mais sobre a novidade!
E foi lá na Bienal que o escritor conseguiu parar um pouquinho e conversar com o
Jornal Carreira & Sucesso sobre novelas, livros e mercado editorial brasileiro.
Jornal Carreira & Sucesso: Como você descobriu que queria levar a vida contando histórias?
Walcyr Carrasco: Eu conto isso no livro "Em Busca do Sonho", da Editora Moderna. Eu descobri com apenas 12 anos. Mas a carreira de escritor não é algo em que você se forma, pega o diploma e vai atuar. Então, eu fui batalhando, trabalhava como jornalista para pavimentar meu sonho de ser escritor.
C&S: Você é autor de novelas que não deixam de ser "livros em vídeo". Mas as proporções que uma novela atinge e que um livro atinge são muito diferentes. Isso é ruim?
Carrasco: A novela atinge muito mais pessoas. Mas, às vezes, um livro atinge alguém de tal maneira que vale mais do que aqueles milhões que assistiram à novela. Então, é muito relativo.
C&S: Até por causa do sucesso das novelas, nós conseguimos perceber que o público se interessa por boas histórias, sejam elas da TV, do teatro ou dos livros. Como você vê, então, o atual momento do mercado editorial brasileiro?
Carrasco: Com otimismo! O público está mais interessado em ler. Eu acho que o mercado está crescendo, as pessoas estão lendo. Eu, aqui na Bienal, fui parado até por crianças que disseram que leram meus livros. Isso é muito legal e promissor!
C&S: Você já escreveu livros voltados para o público infanto-juvenil. Você considera que uma criança que lê será um adulto leitor?
Carrasco: Depende muito do professor. Se o livro for mostrado como algo agradável, ela se tornará um leitor em potencial. Mas é o que eu sempre digo quando dou palestras para educadores: livro não é remédio! Não adianta enfiar goela abaixo que não vai funcionar. O ideal é expor a maior quantidade de livros às crianças, deixar que elas escolham o que elas querem ler. Muitas vezes você não acha que aquela escolha é a ideal, mas se ela quer ler, tem vontade, deixa. Nós devemos deixar que as crianças sintam prazer na leitura e, assim, motivá-las a ler.
C&S: Falando de nós, adultos...você acredita que quem lê bastante carrega um diferencial competitivo no mercado?
Carrasco: Sem dúvida! Sobretudo nesta era da Internet. Na Web nós revelamos o quanto nós sabemos ler, compreender e expressar um pensamento. Quem lê mais se expressa melhor e escreve melhor automaticamente e rapidamente! Então, é sim um grande diferencial.
C&S: Você se imagina fazendo outra coisa, sem ser escrever?
Carrasco: Eu estou muito bem como escritor. Mas eu adoro cozinhar! Seria uma boa ser chef de cozinha (risos).
C&S: Qual foi sua percepção da 20ª edição da Bienal do Livro?
Carrasco: A Bienal é maravilhosa! Tem muito lançamento, muita informação. Vale a pena para todo mundo. Até para se expor aos livros e descobrir, quem sabe, formas de mudar, dar uma virada na carreira!
C&S: Ler faz bem para todo mundo?
Carrasco: Com certeza! E faz muitíssimo bem para a carreira!
Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 354ª EdiçãoLeia também:
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