sábado, 23 de maio de 2009

VÍDEOS EXCLUÍDOS DO YOUTUBE -

Infelizmente alguns vídeos feitos por mim e por uma equipe muito competente que passou pela Catho Online (faço questão de citar alguns nomes: Viviane Macedo, Naísa Modesto, Bruna Martinho, Denis Fonseca, Gustavo Borges) foram excluídos do Canal do Youtube da empresa.

Não entendi a razão. Ninguém me comunicou nada. Mandei email para as gerências e parte da diretoria, mas não obtive resposta sobre os motivos do que eu, até então, considerava ser um problema técnico.

Engraçado que os vídeos apagados estavam, na maioria, aqui neste blog. Acho que alguém - e imagino quem - resolveu apagar só porque estavam aqui. Só pode ser alguém que, NO MÍNIMO, não entende NADA DE MÍDIAS SOCIAIS, né? A pessoa não deve entender que compartilhar vídeos em blogs, twitter, redes como orkut ou facebook, é algo positivíssimo para a marca e credibilidade da empresa quando feito da maneira que eu fazia.

Mas OK.
Sem problemas.

Estou apenas esclarecendo para vocês que já acessaram esse blog nos últimos dias e estranharam a falta dos vídeos. Deu muita vontade de assistir? Eles estão na página do Catho Notícias. Aos poucos divulgo os links diretos. Isso é...se não apagarem também de lá, né? rsrsrs. Mas isso já seria uma tremenda falta de respeito com quem nos deu entrevista. Se bem que já não duvido de mais nada....

sábado, 16 de maio de 2009

Brasil-China: parceria cada vez maior em todos os sentidos

O Presidente Lula embarca para Pequim amanhã, onde fica até quarta-feira para mais uma rodada de negociações. A parceria Brasil-China vem se fortificando e nessa onda aqui no Brasil aumenta também o número de pessoas que procura o mandarim como idioma. No ano passado, as Olimpíadas também deram um up nessa ligação entre os dois países.

Veja a reportagem:

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Dia das Mães - Os desafios das mães contemporâneas

Eu adooooro essa matéria! Especialmente porque a personagem é minha irmãzinha super mãe contemporânea Lívia Fagundes Costa.



UM FELICÍSSIMO DIA DAS MÃES - PRINCIPALMENTE À MINHA LINDINHA MAMÃE E ÀS MINHAS DUAS IRMÃS QUE TAMBÉM FORAM UM POUCO (ou muito??) MINHAS MÃES!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Intrigas de Estado - dica de filme para jornalistas e blogueiros

Já dei uma frase aqui do filme que estréia apenas em 12 de junho no Brasil e agora compartilho uma reportagem do programa Metrópolis, da TV Cultura.

Vi no Blog do Tiago Dória. Os comentários dele me deixaram ainda mais ansiosa para assistir o filme. Vejam o que ele aponta como destaques:

"A convergência entre as rotuladas velhas e novas mídias...e a crise mais acentuada dos jornais."

IMPERDÍVEL!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Frases da semana

Há 1 semana estou morando sozinha. O momento é de mudanças, não apenas físicas, logicamente. Estou feliz e tranquila, porém necessitando de muita ajuda no que diz respeito a práticas domésticas...sou um desastre nesse ponto.

Minha amiga Juliana Vaz, que mora sozinha há alguns anos, me emprestou um livro que tem sido extremamente útil, além de muito amigo nos momentos em que recosto a cabeça no travesseiro para ler algo e ficar comigo mesma. Aliás, recomendo a todas as mulheres que moram sozinhas ou que pensam nisso. Tem dicas simples, receitinhas e muita história de quem volta pra casa e diz com uma pontinha de egoísmo: "Minha casa. Home sweet home."

"As dores e as delícias de morar sozinha", da jornalista Rosane Queiroz.

Ainda não terminei de ler, mas a cada página me identifico mais. Separei duas frases muito boas, já que, como devem ter notado, curto bastante esse negócios de frases. rsrs

Boa semana a todos!

"Só quem pode estar sozinho pode estar junto"

Jorge Forbes, psicanalista e psiquiatra.

"O espaço físico é apenas o ponto de partida para a viagem interior que é morar sozinha."

Rosane Queiroz, autora do livro.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Para todo trabalhador que é um operário em construção

Roubado do Blog do Juca:

O Operário em Construção (Vinicius de Moraes)

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão –
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:

Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
– "Convençam-no" do contrário –
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
– Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

– Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.

Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.