segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Chocolate - bom para comer, bom para trabalhar

Não gosto de entrar na onda do "xiiii...é a crise.", mas o fato é que alguns números divulgados nos últimos dias não são nada agradáveis.

É fato. Houve queda no número de empregos com carteira assinada, segundo o Ministério do Trabalho. As demissões em massa não param de acontecer e só não são mais porque os sindicatos estão fazendo um belíssimo trabalho para defender algumas bases. Manifestações, paralisações. Movimentos em grupo que têm dado resultado.

Mas gosto de falar mais do positivo do que do negativo. Portanto....fiz uma pauta na semana passada para o Jornal da Cultura sobre uma indústria que vai "muito bem, obrigada" nessa época, contrariando a conjuntura econômica: a do chocolate.

Às vésperas da Páscoa, as indústrias do setor, ao invés de demitir, estão contratando. Segundo dados da ABICAB - Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados -, 25 mil funcionários temporários estão sendo contratados no Brasil para esse período de maior faturamento para as empresas fabricantes de chocolate. A contratação começou já em setembro do ano passado. Ao todo, 7.500 trabalhadores foram contratados para a produção de ovos. Outros 17.500 estão sendo contratados a partir deste mês de janeiro para a comercialização (transporte, montagem nas parreiras, promoção dos produtos nas lojas). O mesmo número (25 mil) foi verificado em 2008.

Em relação às vendas, se formos levar em consideração os dados do ano passado, é possível ficar otimista: 2008 teve um aumento de 7% em relação a 2007.
Também em 2008:
100 milhões de ovos foram produzidos ou 22,9 mil toneladas
+ 3,5 mil toneladas só de cobertura de chocolate
Totalizando 26,4 mil toneladas de chocolate no período.

O período pode mesmo ser considerado de ouro para o setor e de grande oportunidade para quem está procurando emprego, afinal no 4o país no ranking mundial do mercado de chocolates, não vai faltar trabalho para quem batalhar. (no ranking de produção, o Brasil perde apenas para EUA, Alemanha e Reino Unido).

A Kopenhagen, que em dezembro abriu 436 vagas para a área de produção, em março, abrirá mais 150 vagas para as lojas próprias, localizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Isso sem contar as franquias! Ao todo a empresa totaliza 31 lojas e 216 franquias no país e a previsão é de mais crescimento para 2009: a marca espera abrir 25 novas franquias.

Outras empresas também prometem contratar um número bastante expressivo de trabalhadores. A Nestlé contratará, entre janeiro e março, mais de três mil e quinhentos promotores de vendas temporários, em todo o Brasil. Em janeiro ocorre o processo seletivo. Na linha de produção, os contratos temporários já foram fechados e mais de 600 profissionais reforçam a fabricação de produtos de Páscoa desde setembro. E a Kraft Foods Brasil, dona da marca Lacta, irá contratar agora em janeiro cerca de 6,1 mil temporários para as vendas.

Quem está precisando trabalhar, corraaaaaaaa!

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