Currículos por email

Estou cobrindo umas férias na pauta do Jornal da Cultura. Em função disso, estou com um computador em que verifico todos os emails que chegam para o endereço geral da produção.

Nesse email, além de muitas sugestões para reportagens, centenas de porcarias e milhares de spams, tenho recebido vários currículos por dia. Currículos que vêm a esmo. Alguns apenas anexam o documento e só. Outros ainda escrevem um tradicional: "Olá, sou formada em Jornalismo e gostaria de uma oportunidade..."

Fico com pena, mas esses emails não têm outro destino: é lixeira na hora. E isso me fez escrever esse post.

Gente, não é nada pessoal. Mas sobretudo em tempos de crise temos de saber os melhores caminhos para conquistar um emprego. Não adianta soltar esses currículos sem nenhum ar de pessoalidade, sem uma indicaçãozinha sequer, sem nada. Isso não quer dizer que só consigam trabalho aqueles que têm um bom "QI" (quem indica). Se é para mandar um currículo sem ninguém conhecido que possa ajudar, o melhor é entrar no site e cadastrá-lo no "Trabalhe Conosco" ou "Banco de Talentos", onde os RHs pesquisam quando necessitam.

Outra coisa, mesmo entre os amigos e conhecidos. Não soltem currículo assim, de modo geral. Para ser eficiente - e isso é experiência - tem de ser algo pessoal, individual. De outro jeito, soa negligente. A pessoa não se dá nem ao trabalho de escrever um email pessoal é porque não está tão focado assim nesse pedido. Isso é sério, acontece mesmo.

E falando nesse assunto, hoje mesmo ganhei um livro do Robert Wong, um palestrante que eu adoro, que vem a calhar: "Superdicas para conquistar um ótimo emprego", da Editora Saraiva.